Tuesday, October 07, 2008

Sensíveis Intensões

Um pedaço que falta no romance de amor que é a paixão platônica. As colunas do meu blog são de loga data deliberativos de BO, nesse intervalo aconteceram transtornos no meu viver e pensei mais se podia ser o que foi se tornondo complicado e intolerante passar, continuar do mesmo jeito, sem jeito. Aconteceu uma lacustre rodriguiana, uma tragédia e virou drama, eu chorei muito. A paixão platônica separa a causa e o efeito, em forma de satisfação pessoal, particular e a mais complicada que é a artista pois como pode um aperto por estar distante de um amante reconhecido e insensível, há o amor sem enlace que fica vibrando na atmosféra sentimental, emo. Pode ser uma força que impulsiona um grupo de pessoas e faz mover um sistema, pode ser o tema dos poetas reais que encontram uma razão, pode ser que eu chore por não encontrar uma paz futura, a paixão platônica significou o começo da minha atração sem história por que se hoje não conto o nome é porque não é nos vazos dele que pulsa a sensação que faz a alegria da audiencia. Vai pulsar do jeito que é minhas sensíveis intensões, se acumulando o terror de me ver sozinha circulando por ai, os lugares abertos onde eu faço uma gentileza, tem uma vontade de abrir mão de tudo. Eu notei que não tenho escolha, assim, me sinto meio apagada e por tudo o que fiz so faço o que é de ser. I love you.

A Bilú Teteia

Por cima da ribeira inclinava-se uma árvare, um coqueiro. SIDARTA encostou o ombro na madeira. Agarrando-se ao tronco, cravou os olhos nas verdes águas que corriam lá embaixo, sempre e sempre. Almejava de todo coração desprender-se, afogar-se naquele rio, em cuja superfície se espelhava um vazio tremendo, qual reflexo do pavoroso vazio da sua propria alma. Sim, ele, SIDARTA, estava no fim. Não se lhe descortinava outra solução que não a de extinguir-se a si mesmo, de quebrar o malogrado molde de sua existência, de jogar os cacos fora, bem longe, aos pés dos deusses que zombavam dele. Sentia que esse era o momento do grande vômito pelo qual ansiara: a morte, a dilapidação da forma odiada! Que os peixes devorassem o corpo de SIDARTA, desse cão, desse louco, que engolissem seu cadáver depravado, podre, essa alma langorosa... Quem lhe dera ser comido por peixes e crocodilos, ser dilacerado pelos demônios! Com o rosto crispado, fitava as águas. Contemplou a sua fisionomia no espelho e cuspiu nela. Terrivelmente fatigado, soltou a árvore. Empertigou-se um pouco, a fim de lançar-se numa queda vertical que o levasse ao acaso definitivo. Com os olhos cerrados, deixou-se cair, rumo a morte. Nesse momento, um som começou a vibrar nele, vindo de longínquas regiões da sua alma, de épocas passadas da sua existência gasta.
Enquanto estive ligada ao seu corpo mesmo que por um instante. Ao contrair-se desprendeu-se. Sua vida sobre o lençol branco. O futuro. A paz. o futuro Mauzoléu. Sentava-se oriundo a mesa de café muito além olhava. Por golpe visualizava. Olhos ardentes. A mulher dizendo/ bondades ao homem (dizia calma) O futuro está aqui. O falso futuro impostor. Anos e anos de paz futura se encarar no ousado sorriso. -Do relógio, tato de mulher na mão se como a paz nas proprias mãos no seguinte momento da manhã. Em que se ouve o jazz, o cinema E de tão surreal, excitante A mesma paz no teu semblante -Passar por entre altos muros, os dois azuis noturno. Rasgados pela terra das grandes avenidas.// Passando vejo de lado no belo horizonte Dedos cravados da terra para o espaço da terra para o espaço.
Madruga