Tuesday, January 15, 2008

Sobre o meu último vício amoroso.

Consumismo mesmo, muita vodka com frutas vermelhas, diante do largo do clipper eu falava que tinha gosto de sabonete e já no estacionamento do shopping viramos no carrinho tomando mamadeira de coca-cola light.Foi quinta-feira que tomei doses fitoterápicas de caipirosca e tombei na avenida principal com nome de escola de samba, Portela. Em casa, no fim da tarde, precisava captar melhor o sol que bate na sacada do meu quarto. Vestida taticamente pra fugir pelas beiradas de um abalo nervoso, era minha mãe a grande responsável pelo êxtase crepuscular, e ela batia na porta, eu abria a porta sem meu tubo de ensaio, a garrafa torcida, a mostra. o pouco que ela teve constatado não bastava e efusivamente inoculou que voltaria mais tarde ver uma certa coisa que estavamos Mick e eu provocando. (...) Acabou assim, como eu estava de estômago vazio bati nela, um safanão, chamaram polícia, eu desci, saí correndo pra casa da minha tia, pelo menos pra ver meu cabelo mais iluminado, e tio Paulo veio ao meu encontro, conversamos e rimos muito, ele então se juntou aos policiais. Mick se juntou ao batalhão, eu andava com tanta agilidade q. rapinava safanões em seu rosto. Fomos embora juntos, mas ele dizia que não eu me ajoelhava e caia na calçada, sobre meu último vício amoroso, nenhum hotel na lapa nos hospedava, na portelinha da S.João ficamos no Hotel A. do Sul que no dia seguinte serviu o melhor café da manhã com café, leite, bolo de milho, rabanada, manteiga pão e frios, além da frutinhas, o queijo, presunto e a mortadela servidos fatia por fatia. Dai fiz as malas e tentei alcançar a caravana pra Santa Catarina, levei aqueles lençóis, roupa de cama, umas blusas com strech pro vão do MASP, logo os amigos viram ao nosso encontro e descemos pra casa do ton, esperá-lo. Uma garrafa de Wisky Passaporte ele trouxe aos trancos e barrancos do seu jantar elitista com Élio, foi suportável, todos de saida mas Michel na bancarota idealizando a realidade desfocada inconformada da sua face bonita, eu tinha uma rosa negra, um colete vermelho, àquela altura vestia regata e meu chapéu de crochê negro, e tudo formal num ponto sintático de superação, como não podia deixar de ser eu dormi no quarto que ton abandonou, na manhã do dia seguinte saímos andando procurando uma sinagoga, catedral ou créche pra nos dar um prato de canapé um copo de vodka, uma papa de bebê mas havia caido tudo por água e só no sábado que comemos especialidades árabes. Eu queria ter 300 reais pra ficar por quinze dias em Florianópolis, eu quero ser livre pra me chamar brasileira mas acabei vindo embora pra casa já com a polícia resgatando-me das luxurias emotivas do Mi, enquanto com uma faca ele quebrava a mão e poderia mas não empunhou, agora estou em casa, planejo sair pra praia, retomei o ensaio de violão cantarolando Simone e Milton N. e por ser vício desconheço a estrada e canto por costume, e só imagino uma corda cósmica por onde evasa a minha virtude tática.

Wednesday, January 09, 2008

A loira que dorme em mim não viu um alqueire.

Exatamente o que eu tenho a dizer por esse ano que começa são votos da progressão de um processo de encontros e despedidas onde pessoas vivem altos e baixos e consumam no coração o que a mente não vai mais entender. E se ficamos reunidos as vezes precisamos um do outro e o encaixe se torna pavoroso, pode ser que não compensa grande amor e assim sem saber o coração existe e pensa a vontade. Os pensamentos são compreensíveis até mesmo terríveis, e acomodam um bom convívio. Nossa carga intelectual sofre interferência da tolerância da mente sobre a emoção. Precisamos nos calar, existimos pra mudificar no lugar de confundir mais aquele que compreende nosso anceio e deste faz bom uso e pra essa indulgência faz perder um pouco o valor do espaço abstrato do motivo geral. Silenciosamente eu sinto um sentimento em potencial, que meu coração pulsa todos os poros do meu corpo e meu cérebro tensiona meus musculos e minha alma vibra o espaço que ocupo. Quando estou carente e vejo que não tenho espaço na cidade, a minha voz não tem vez de solidificar um desejo eu começo a fazer reviver os meus ídolos, mortos por seus temperamentos idônios. Pois eles não tinham em casa tipo os animais em tocas, as falas em tom baixo do dia-a-dia. Eles eram exagerados pois sabaiam que a morte os atingiria com uma noite mal dormida, uma festa sem saída, um encontro desmaracado, um coração cupido e depois eles manipulando as palavras assentadas na grande causa agrária iluminavam pessoas verbais. Até, frutos desse mundo, frutificado, florecido, polinizado, encerado, pessoas de carne e pulso, emigrarem. Acontece que as divisões do trabalho evoluiram e a tecnologia aproximou esses ídolos não de mim que sou pura metafísica, mais perto dos trabalhadores e nossos convivas vêm isso e não sentem que o canto geral alegra o coração, que dá boas vindas a 2008, o pulso não sabe, sente o que eu sei que é de 08 e o presidente ora 1998+10 do Cristo morto e, por Deus, ressucitado.