"Oi, meu nome é Isabel, sou a concierge", diz uma mulher discreta, de cabelos curtos e voz mansa. E ela me apresenta as instalações.
As atividades coletivas são anunciadas com o soar do gongo. espera-se pontualidade. As atividades físicas começão às 6h20. Pede-se silêncio das 13h30 às 15h30. A rede wireless cai as 21h30, a mesma hora indicada para que todos se recolham a seus quartos. Nada de refrigerante, café ou bebida alcólica. Cigarro pode, mas longe da casa (há caixinhas de areia espalhadas pelo jardim).E o telefone celular deve ser usado de maneira discreta, afastado de áreas comuns. questão de bom senso. Crianças não são bem-vidas. Sorte das mães que querem tirar férias de tudo e de todos.
"Não exagere nas atividades, faça tudo a seu tempo. estou aqui para qualquer necessidade, inclusive para um ombro amigo e orações." Segui o conselho de Isabel e adormeci até quase perder a hora com o doutor Jona Haertel, especialista em medicina naturista e há 35 anos no Lapinha.
Se você associou a palavra naturista a nus executando suas atividades diárias, esqueça. O naturismo aqui é uma filosofia médica cujos pilares são a trofologia, a fisioterapia, a hidroterapia, a fitoterapia e a ordenoterapia. eu também não sabia o que era aquilo, mas aprendi: trata-se de comer bem, mecer o corpo, ter contato com a água, fazer bom uso das ervas e respeitar o tempo do corpo.
Depois da avaliação, o médico me propôs uma dieta de 50 calorias, a terceira mais restritiva, em uma escala de 1 a 8. Para antes das refeições, receitou o focus, um elevador metabólico, fitoterápico, com alto índice de iodo. Como gran finale, indicou sal amargo, que promete maravilhas, na purificação do sistêma digestivo - e que logo se mostrou um poderoso laxante de boas-vindas...
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